Olé dos vaga-lumes
Fascínio e pavor traduziam aquelas noites vaga-lumes.
No interior, a capturar o pisca-pisca da natureza.
A escuridão traz junto o encanto de seres voadores e reluzentes.
Ainda que minúsculos, tais pirilampos, davam olé na gente. Olé!
Caçadora implacável, corria atrás daquela lanterna, só as pupilas a tocavam.
Magia e fantasia no meio da roça. Com o pedido eterno de me dê uma luz.
Brincadeira de criança: caça vaga-lumes
Brincadeira de adulto:
uma vaga, o vagar, um lume.
Vagalumes – inseto da fauna brasileira – com suas lanternas verdes e amarelas
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Esse poema me inspirou algo sombrio.
Quando o medo nos toca
E a coragem não desentoca
A dor sufoca, o rancor retoca.
Luz vaga, vaga aberta, vaga-lume
Desperta-me do sono profundo
Sem fundo, sem futuro.
Num presente fechado
Passado a meia luz
Brilhos que ofuscam
Sombra silenciosa que me seduz.
abrasOM 🦋
Esse poema faz parte do começo do blogue, quando meus sentimentos estavam mais inflamados. Deve ser por isso você teve tal inspiração…Abraços 🙋🏽♀️
Ah gostei da sua versão. O sombrio também tem beleza, difícil é saber lidar…
Hum… interessante.
Então, na verdade, foi a imagem e especificamente a frase “uma vaga, o vagar, um lume”… que me inspiraram. Deu vontade de dialogar com seu poema.
Penso que o que sentimos no momento encontra identificação com algo que lemos, vemos. A mesma sincronia que pode nos elevar, pode também nos paralisar… depende de nossa sintonia, harmonia. hehe!
Mas é isso aí, o sombrio tem a sua beleza… lidar com ele é um desafio espantoso.
Afinal, o todo é feito luz e sombra… ver beleza na sombra é integrar a luz.
Valeu!