Crise no casamento e na democracia – opinião.
E viveram felizes para sempre…
Frase que tem caído em descrédito tanto nos relacionamentos pessoais, quanto nos sociais. Falo de amor e política, casamento e democracia, amor romântico e amor pela pátria, uniões e eleições.
Qualquer um hoje em dia pode presenciar que essas instituições estão em crise e revisão de conceitos. Tanto na prática quanto nas estatísticas.
Por isso, quando algo não dá certo, temos a tendência de voltar para as antigas tradições, olhar para trás, como se na condição anterior de vida fosse melhor.
No fundo sabemos que não, mas a dificuldade de pensar, criar, fazer algo novo é tanto trabalhoso quanto nebuloso. Assim nossa tendência é ser saudosista e procurar o que nos dava segurança no passado.
O fato é que o mundo continua girando. O ser humano continua sendo um ser social. E suas relações tendem a amadurecer e evoluir (espero). Lembre-se que antigamente o homem caçava com pau e pedra, a mulher não podia votar, a criança não era considerada na família. Quem tinha opiniões diferentes eram queimados na fogueira ou tinham a cabeça cortada na guilhotina. Hoje nossos problemas mudaram, e nossas facilidades também, precisamos reconhecer.
Voltar a querer a ditadura, sentir rumores de guerra, apoiar regimes totalitarista, construir muros num mundo globalizado, ter exacerbado nacionalismo e pouca tolerância; desacreditar na família, achar que família se resume em papai, mamãe e filhinhos; olhar primeiro a pele e a roupa antes de enxergar a pessoa; perder a esperança e a gentileza e mil outros exemplos mais que surgiram na tua cabeça agora. Tudo, tudo isso é regressão.
Querem nos dominar pelo medo, insegurança e desesperança. Não alimente essa jogatina
Precisamos caminhar para frente, com passos firmes, deixando nosso rastro. Que seja de paz para quem vem atrás. A Terra não tem proprietário é nossa casa temporária. Chegamos com vida e com o passaporte da morte já carimbado, é fato.
Como temos coragem de tratar uns aos outros com indiferença? Como temos coragem de maltratar esse planeta que grita por socorro? Como temos coragem de clamar a ditadura e o nazismo de volta? Como tiveram coragem de acreditar e votar em slogan populistas mundo a fora?
Já lemos essas histórias e sabemos o legado que deixaram para a humanidade. Quantas mais separações e mortes serão necessárias para termos coragem de pensar e formar ideias melhores e diferentes?
A nossa desilusão tem sido maior que nossa coragem de mudança, nossa força de olhar para trás está sendo maior do que a de vislumbrar vida melhor para todos.
Qual a paz que procuramos? A do comodismo ou a do realismo? É fácil delegar nosso futuro para os outros e ficar criticando se não der certo. Difícil é ser esse outro. E enquanto não assumirmos nossa posição quanto coautores da história, os aproveitadores vão fazer o que quiserem com seus sorrisos de hiena.
Ficamos esperando o mundo acontecer lá fora, reclamando como é hábito do ser humano, e achamos que nossa parte já está feita porque pagamos nossos impostos, exercemos a cidadania com o voto e até ajudamos na caridade de vez enquanto.
Sinto muito, é pouco, muito pouco, não é só delegar nosso poder aos outros e ficar esperando cheios de expectativas. Temos que ser cidadãos atuantes com novas idéias, com fiscalização, cobrança dos nossos direitos, fazendo nossos deveres independente dos outros estarem olhando ou cobrando, a ética é exercício diário.
Essa é minha opinião crítica sobre a crise nos relacionamentos e na política. Acredito que o amor romântico (casamento) e a democracia são miragens, não salvação. Que não existem respostas definitivas, o mundo é dinâmico, continua a girar mesmo sem a gente perceber. Acredito que as respostas que nos aflingem aparecem com a prática: errando, aprendendo, consertando. Temos que melhorar do ponto que estamos, para frente. Mas para tudo precisa de ação e criatividade. Mão na massa e ouvidos na intuição. Já se foi o tempo de esperar tudo cair do céu, ou, de querer voltar comer o pão que o diabo amassou.

Há muito que pensar e que dizer sobre este post. No entanto, chamo a atenção para última frase que representa o momento político brasileiro. Tentam já na primeira mão nos polarizar apenas para estes dois pontos de vista.
Excelente post!👏👏👏
Muito bom!!!!
Obrigada 🙋🏽♀️
Para refletir…🙋🏽♀️
Tanto desânimo quando falo com o pessoal por lá. Mas acho que é uma fase. O mundo todo está em ebulição. Aqui o temor é o terrorismo. Fazemos parte dessa revolução e escreveremos nossa parte, quer ativamente, ou, não.
We have been told Men it’s a social animal, but ultimately we are a subjective in nature, in other words we have to find who we are not so much out-there, but within us, to achieve peace. 🙂
I agree with you. Peace need to be a goal. Thank you so much🙋🏽♀️
O casamento tem altos e baixos como a política do Brasil e do mundo. Ambas acabam quando há mentiras, o Brasil só vai ser um país respeitado quando deixar de
De ser o país do carnaval e do futebol, temos muito mais pra oferecer do que isso. Hoje não há ninguém q possa mudar do que o povo.
Bip bip: a mensagem foi interrompida… posso completar?
Deixar de ser um país que copia os outros e buscar sua própria identidade cultural, respeitar seu povo nas suas diferenças e dar valor em sua majestosa natureza.
Mas para tudo isso, como no casamento, é preciso ter consciência e confiança.
O que acha?
Resumiu tudo: de pão e de circo.
Muito bom , digitar e com um anjinho do teu lado querendo mexer no celular do papai , fica difícil. Kkk
Muito bom o texto, ótima reflexão.
Mas admito que atualmente ando sem esperanças em relação ao ser humano, infelizmente.
Tati estou preparando um post sobre essa falta de esperança. Enquanto isso sugiro que você leia esse texto de outro blog daqui:
https://wp.me/p7F7cQ-2AG
Abraços 🌹🙋🏽♀️🌹