Cachorro velho
Olhe só aquele cachorro velho, seus pelos estão esbranquiçados, olhos marejados, passos lentos, poucos dentes.
Vejo que ele carrega a família e não ao contrário como se pode imaginar olhando de fora.
Dizem que os cachorros vivem menos que os humanos. Será mesmo?
Eles são tão intensos e presentes no momento, características que se quisermos ter nos dias atuais, com suas imensas demandas, precisaríamos de muito adestramento.
Mas, não temos tempo…
Em meio aos latidos e rosnadas, bom mesmo é ter um cachorro velho para nos contar histórias antes de dormir. Eles sabem mais de nós do que nós mesmos.
Sabem porquê?
Porque eles assumiram sua missão de acompanhar.
Lado a lado, lago a lago, laço a laço.
Fraterno abrigo.
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Sabe por quê? Porque têm o sentido/faro/sensibilidade de verdadeiramente serem. Perdi minha companheira fiel, em junho de 2019. Ela assim o foi por 17 anos. Já havia perdido outras fêmeas companheiras antes. Ele, contudo, foi a última, a mais companheira, por anos. E eu sinto muito a falta dela, Cristileine.
Faz todo sentido
Refletindo… Abraços 😉
Bom dia Odonir, esse pensamento apareceu de uma saudade imensa… Tenha uma ótima semana. Abraços.
Saudades de seus escritos. Estar presente pra vida está além da contagem simples do passar do tempo. Ter uma vida duradoura não significa viver de forma verdadeira. Há diferença entre viver e existir. Com certeza o cão vive mais do que nós.
Felipe, essa sua última frase fechou com chave de ouro meu poema. Obrigada pela leitura e reflexões. Abraços.
Essa semana morreu o cachorro da minha mãe ele estava com 18 anos a metade da minha idade como uma parte mim se foi. Abraço.
Isso dói… sinto muito.
Tenho poemas e poemas dessa dor. E ainda quando fiz esse aqui, chorei. Chegadas e partidas…
Abraços.