30 maneiras para lidar com um depressivo.

Se você ama alguém com depressão e realmente quer lhe ajudar, seguem alguns lembretes para se pensar:
- Primeiramente tenha em mente: Depressão não é falta de caráter, é um desequilíbrio cerebral.
- As motivações de um depressivo estão enfraquecidas ou até mesmo esquecidas. Ele não tem interesse em relações e atividades sociais. “Isso não significa que ele não gosta de você”.
- A apatia tenta lhe abraçar todo dia. Isso lhe incomoda e fere, fazendo o sentir ingrato e desituado. A depressão é um peso para o depressivo também.
- Diga-lhe com carinho que descorda de seus pensamentos negativos. Que ele é muito mais do que um pensamento torto (ou direito).
- Depressão não é uma manobra para ter sus atenção, isso se chama carência. Nem todo depressivo é carente.
- O depressivo não quer ser um fardo, um fraco, um incoveniente. Ele não é um folgado, ele só está num momento ruim.
- Depressão tem tratamento, falta de ética e caráter não.
- A transmissão de seu amor e apoio serve como um útero para um depressivo. Ainda que você não perceba isso. Sua presença o alimenta como placenta.
- Às vezes por atrás da raiva, ira, ódio, fúria, zangamento há um depressivo pedindo socorro.
- Ansiedade e depressão são primas, muitas vezes andam juntas, se entendem e competem. A maioria dos depressivos já foram ansiosos que cansaram de lutar. A ansiedade é um gatilho para a depressão.
- Um depressivo é um ser sensível e crítico, com tendências à negatividade e desconfiança. Com o tratamento esses sintomas tendem a desaparecer.
- Os padrões de sono e alimentação deles são mudados para mais ou para menos. Sempre andam nos extremos.
- Dores que passeiam no corpo são habituais. O que por vezes leva ao diagnóstico errado. Tenha cuidado.
- Como você, o depressivo tem medo de ser ridicularizado e criticado. Só que para ele isso é multiplicado ao quadrado.
- Ele vira uma pessoa muito séria e perfeccionista, o que lhe faz perder a si mesmo de vista, o que lhe faz perder a vida.
- O depressivo usa muita energia para esconder seus dilemas dos outros. O que lhe leva à exaustão.
- Sente-se profundamente sozinho mesmo acompanhado. É um vazio inexplicado.
- Sem vitalidade, o depressivo frequentemente pensa na morte, frequentemente, frequentemente.
- Os antidepressivos demoram até quase 2 semanas para fazerem efeito. A dose e tipo de antidepressivo deve ser regulada constantemente.
- Existe uma parcela de pessoas que não respondem bem aos antidepressivos.
- Parar de tomar antidepressivos sem acompanhado médico pode ter reações inesperadas e efeitos rebote.
- Cada pessoa tem seu tempo de ação e reação. Menos cobrança, mais presença.
- Lealdade e aliados fazem toda diferença no tratamento de qualquer doença.
- Depressivo precisa de incentivo até nas pequenas atividades rotineiras, como tomar banho e comer bem, porque para ele nada mais importa.
- Para eles é difícil carregar o corpo, imaginem os pensamentos.
- Mostre as singelezas do dia, que por ele foram esquecidas. Já viu o sol hoje? Que bom que o lixeiro passou, imagine nossa vida sem eles. Qual é mesmo seu sabor de sorvete preferido? Vamos rever nossas fotos do verão passado?
- Dar o melhor de si pode parecer insignificante perante uma dor inflamada, mas esteja certo que esse ato é um tesouro.
- O depressivo faz parte do mundo, da cadeia social, economica, produtiva e imaginativa. Não precisa ser ignorado e nem escondido.
- Por trás de um depressivo há uma pessoa que já teve desejos, que é criativa, que ainda está viva.
- Saiba separar o verbo do substantivo. O depressivo está sobre efeito da alienação, ele não é alienado.
Consegui enumerar 30 maneiras, se tiver mais alguma para acrescentar, por favor, deixe sua opinião aqui nos comentários. Abraços cristalinos e boa semana que se aproxima🙋🏽♀️
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Importante vc ter tocado neste tema.
Eu já falei em outro comentário, sobre a tentativa de culpar o companheiro do depressivo.
Há casos de famosos, mas os não famosos tb sofrem muito. Tentam sempre procurar os motivos de um suicídio, e tds dirigem os olhares p a pessoa companheira. Depois vem a partilha dos bens, enfim…
Muito boas orientações🧡
Como se tudo tivesse motivo e explicações. Enfim…
Obrigada💞
Nossa Cris, que texto necessário! Já fiz acompanhamento com antidepressivos para tratar uma depressão e síndrome do pânico e meu médico sempre me dava uns puxões de orelha por conta da minha resistência com a medicação. Pra mim foi um choque imenso ter um diagnóstico tão pesado igual ao que tive, então custei a me identificar como paciente. Eu achava um absurdo ter que depender de remédio para me sentir bem, e ficava muito frustrada por estar na situação que eu estava… mas com muita paciência, meu médico me convenceu e me mostrou que não era culpa minha, que eu ainda tinha sonhos e ainda era alguém, e que os remédios me ajudavam com a parte química do meu cérebro – o resto, cada conquista que eu tinha era mérito exclusivamente meu. Parabéns pelo texto <3
Hellen, gostei demais especialmente desse último parágrafo: não é nossa culpa, temos sonhos, somos alguém, remédios ajudam (numa parte, na outra somos nós). Sem o tratamento dificilmente chegaríamos à essas conclusões. Às vezes só o que precisamos é tirar o blackout que nos impede de ver o sol. Muito obrigada por seu comentário. Super abraço.🙋🏽♀️
Muito útil, obrigado!
Obrigada por passar aqui e deixar suas palavras Guilherme 🙋🏽♀️
Muito boa a sua contribuição com essa postagem, Cristileine. Parabéns!
Obrigada, estou terminando de preparar um post com sua indicação de hoje, foi ótima, abraços.
Republicou isso em Nova Visão: Cultura & Cidadania.
Obrigada!
Que idéia! Terei material para ser um bom tempo, amei, especialmente as divisões por categorias. E por ressussitar as postagens antigas que ficam perdidas por aí, voando no passado. Obrigada e abraços.